sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Glicínia ou Japanese wisteria

Esta manhã, ao percorrer o jardim, tive o prazer de notar uma primeira floração.

Um cachinho pequeno estava escondido entre as folhas verdes da glicínia, uma trepadeira originária do Japão.

Suas flores são daquele azul da cor dos olhos da atriz Liz Taylor, violáceos. Pequeninas e juntinhas, dão a impressão de pequenas borboletas prontas a voar.

Diz um guia que florescem no outono-inverno, mas esta primeira leva, imersa nos desafios climáticos contemporâneos, surgiu na primeira semana da primavera.

Texto e foto: Monica Martinez


Ficha técnica
Família: Angiospermae - Fabaceae-Faboideae(Leguminosae-Papilionoideae).
Ambiente: Pleno sol.
Solo: Não é exigente.
Regas: quando o solo estiver seco.
Origem: Japão.
Época de Floração: Outono-Inverno.
Propagação: Estacas ou alporquia.
Persistência das folhas: Permanente.
Nível de manutenção: baixo.

Japanese wisteria
This morning, while visiting the garden, I was pleased to notice a first bloom hidden among the leaves of the wisteria, a vine native to Japan whose flowers are that deep blue color like the actress Liz Taylor's eyes.

Tiny, tightly packed, it gives the impression of being small butterflies, ready to fly. A guide said that bloom usually occurs in autumn-winter, but this first flowering, immerse in the contemporary climate challenges, arose in the first week of spring.

Monica Martinez

Maintenance
Family: Angiospermae - Fabaceae-Faboideae(Leguminosae-Papilionoideae).
Environment: Full sun.
Soil: It is not demanding.
Water: Whenever the soil is dry.
Source: Japan.
Flowering Season: Fall-Winter.
Propagation: Stakes.
Leaves persistence: Permanent.
Maintenance level: Small.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Aroma sul-africano/South African Scent

A florada da Tetradenia riparia é um encanto. Vista de longe, dá a impressão de se estar diante de uma névoa fina e delicada, que fica cada vez mais perfumada conforma a gente se aproxima. Daí um dos nomes populares desta planta ser mirra (ela também é conhecida como limonete e pluma-de-névoa).

Não por acaso, seus galhos secos podem ser lançados em fogueiras ou colocados na lareira para deixar a casa suavemente perfumada.

A mirra é fácil de cultivar. Basta deixar uma estaca enraizar em um local protegido, de preferência na primavera. Logo as folhas ovaladas, aveludas e perfumadas começarão a brotar.

No inverno, ela retribuirá os cuidados com uma florada densa, plena de inúmeras florzinhas de cor branca.

Ficha técnica
Família: Angiospermae - Lamiaceae (Labiatae).
Altura: 1,20-1,60 cm de altura.
Ambiente: Pleno sol.
Solo: Não é exigente.
Regas: quando o solo estiver seco.
Origem: África do Sul.
Época de Floração: Inverno.
Propagação: Estacas.
Persistência das folhas: Permanente.
Nível de manutenção: baixo.

South African Scent

The flowering of the Tetradenia riparia is beautiful! Seen from afar, it seems a fine, gentle, and fragant mist. Hence one of the popular names of this plant is ginger bush.

Not coincidentally, their dry branches can be placed in the fireplace to leave home lightly perfumed.

It is easy to grow. Just leave a young branch rooting in a protected location, preferably during the spring. Soon the oval, velvety and fragrant leaves will begin to sprout.

In winter, it will render the care with a dense bloom, full of many small, white, and fragant flowers.

Maintenance
Family: Angiospermae - Lamiaceae (Labiatae).
Height: from 1.20 to 1.60 cm.
Environment: Full sun.
Soil: It is not demanding.
Water: Whenever the soil is dry.
Source: South Africa
Flowering Season: Winter.
Propagation: Stakes.
Leaves persistence: Permanent.
Maintenance level: Small.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Flor-de-maio, uma nativa brasileira - Thanksgiving cactus, a Brazilian beauty


Nativa do Brasil, a flor-de-maio pode florescer bem mais tarde, em julho e agosto, dependendo da região onde você estiver.


Não importa a data, o fato é que quando esta herbácia articulada floresce há uma explosão de tons brancos, champanhe, amarelados, róseos ou de um vivo pink. Mas se trata de uma explosão delicada, tanto que ela também é conhecida como flor-de-seda.


Para que a planta brilhe com todo fulgor, coloque-a num lugar bem iluminado, porém mantido da insolação direta. A terra deve ser rica em matéria orgânica. Contudo, como se trata de uma suculenta, não irrigue demais, apenas quando o solo estiver seco.


Texto e fotos: Monica Martinez


Ficha técnica
Família: Angiospermae - Cactaceae.
Altura: 30-60 cm de altura.
Ambiente: Meia-sombra.
Solo: Rico em matéria orgânica.
Regas: quando o solo estiver seco.
Origem: Brasil.
Época de Floração: Outono-inverno.
Propagação: Estacas dos artículos.
Persistência das folhas: Permanente.
Nível de manutenção: baixo.

Native of Brazil, the May flower can bloom later, in July and August, depending on the region where it is planted.

No matter the date, the fact is that when it blooms there is an explosion of colors: white, champagne, yellow, pink, or pink. But it is a delicate explosion, so much it is also known as silk flower.

For the plant to bloom, put it in a well lit place, but kept it from direct sunlight. The soil should be rich in organic matter. However, as this is a kind of succulent, do not irrigate it too much -- only when the soil is dry.

Text and photos: Monica Martinez

domingo, 15 de maio de 2011

Orelha-de-onça (Tibouchina grandifolia)

Nativa do Brasil, a orelha-de-onça é uma planta aparentemente despretenciosa.
Nativa do Brasil, ela não é um arbusto sedutor, daqueles que a gente vê e logo fica com o coração fisgado. Antes ela é despretensiosa, daquele tipo que vai nos cativando aos poucos até que a gente não mais consegue viver sem ele.

A primeira vez que a notei foi no campus Butantã da Universidade de São Paulo. Havia uma linha delas que, durante a florada, ficavam encantadoras – grandes cones de dois metros de altura que pareciam árvores de natal com bolinhas roxas. Aliás, a orelha-de-onça pega facilmente por estacas, preferencialmente colhidas após a florada.

As flores são delicadas, possuindo um tom que puxa para o Pink no centro, e surpreendentemente duram semanas. Mesmo quando não estão floridas chamam a atenção pelas folhas grandes e sedosas, de um bonito tom verde-claro. É daí que, dizem, provém o nome popular, associado aos pelos dos felinos.

Texto e fotos: Monica Martinez

Ficha técnica



Família: Angiospermae - Melastomataceae.

Altura: 1-3m de altura.

Ambiente: pleno sol, como planta isolada ou em canteiros.

Solo: Terra fértil, permeável e úmida.

Clima: Tropical. Planta bastante rústica.

Origem: Brasil.

Época de Floração: Primavera-verão (outono nos locais mais frios).

Propagação: Estacas tiradas após a floração.



Orelha-de-onça
Native of Brazil, the orelha-de-onça is not a seductive plant, the kind that you see and your heart gets hooked. Instead, it is unpretentious, that type that will captivate you slowly until you can not live without it.


The first time I noticed it I was on campus Butantã at the University of São Paulo. There was a line of them, beautiful in blossom - large cones of eight feet tall that looked like Christmas trees with purple polka dots.

The purple flowers are delicate, pink in the center, and although fragile they last for weeks. Even when not in blossom this plant draws attention because of the big and silky leaves, of a beautiful bright green tone. That is where, they say, comes the popular name, associated with the feline fur.

Inprint

Family: Angiospermae - Melastomataceae.
Height: 1-3m tall.
Setting: full sun, alone or as a plant in beds.
Ground: Fertile soil, moist and permeable.
Climate: Tropical. Plant very rustic.
Origin: Brazil.
Flowering Season: Spring-summer (autumn in colder places).
Propagation: cuttings taken after flowering.

Text and photos: Monica Martinez

sábado, 12 de março de 2011

Espadinha

Tem gente que herda propriedades. Outros recebem de herança grandes somas de dinheiro. Outros, ainda, livros. Na minha família, deixamos plantas.

Minha avó materna, Cecília, contava que a espada-de-São-Jorge anã era a única lembrança que havia preservado de sua mãe, a italiana Ângela.

Quando Cecília faleceu, em 2008, entre seus poucos pertences havia um vaso repleto de mudas desta plantinha. Minha mãe, que me ensinou a amar plantas como se deve amar um ser que é vivo, me confiou o legado que está na família há quatro gerações.

Parece que estou me saindo bem na tarefa, o que atribuo à facilidade com que a mudinha vive e se multiplica. Aliás, ela é perfeita para forrações, mas também fica muito atraente em vasinhos pequenos e delicados, até porque vai bem em interiores.

Outro dia me peguei pensando no significado simbólico desta herança. De alguma maneira, é uma lembrança de que é preciso ter alma de guerreiro para levar a vida com a dignidade que ela merece. Mas as formas arredondadas da espadinha também lembram que a vida pede doçura. Como diria Che Guevara, "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."

Monica Martinez
Foto: Eugenio Menezes

Ficha técnica

Família: Angiospermae - Ruscaceae.
Altura: 15-20cm.
Ambiente: meia-sombra (as folhas ficam mais verdinhas) ou pleno sol.
Solo: Terra fértil e permeável.
Clima: Tropical. Planta rústica que resiste bem à seca.
Origem: África.
Época de Floração: As variedades anãs não costumam florescer.
Propagação: Multiplica-se por separação das brotações laterais da planta.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Açucena-gigante

Tive de pesquisar bastante para identificar corretamente o nome desta bela planta. A princípio eu achava que havia ganhado uma mudinha de açucena.

Afinal, ela tinha folhagem vigorosa, com folhas que parecem com espadas recurvadas, de um verde brilhante.

A primeira florada (foto) foi uma surpresa: flores de um tom vinho brilhante. Nâo por acaso, vim a descobrir, trata-se da crino (Crinum x powelli), variedade Bordeaux.

Descobri também que há uma variedade branca (Album) e outra de flores róseas (Roseum).

Mas gostei mesmo da minha Bordeaux. Não bastasse a beleza, ela ainda tem um perfume delicado. Não tenho dúvidas: logo que acabar o verão a plantinha deixará o vaso -- já há até uma nova mudinha nele -- e ganhará seu próprio canteiro.

Texto e fotos: Monica Martinez



Ficha técnica

Família: Angiospermae - Amaryllidaceae.
Altura: 40-60cm.
Ambiente: pleno sol.
Solo: Rico em matéria orgânica. Tolera solos úmidos.
Clima: Tropical. Tolera temperaturas amenas no inverno.
Origem: África do Sul.
Época de Floração: Verão. As flores são levemente aromáticas.
Propagação: Multiplica-se por divisão de bulbos após a florada.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A imponência do gengibre amarelo

Plantei alguns bulbos de gengibre-de-kahili (Hedychium gardneriannun Roscoe) no jardim em 2008. Este verão, pela primeira vez, ele floriu. Fiquei surpresa com o gostoso aroma exalado pela flor, que é do tamanho de uma palma de mão grande.

A planta gostou do solo úmido, mas ensolarado, na qual foi instalada e está se espalhando como se estivesse em casa. Imagino que ficaria bem na beira de um lago ou córrego. Mas a verdade é que ela é originária da Índia, tendo se espalhado pelo mundo português na época das navegações. É muito comum na Ilha da Madeira, por exemplo, onde é chamada de Flor de Vênus.

Reserve um bom espaço para ela, pois as touceiras formam maciços bem altos, atingindo até 2,50m de altura.

Texto e fotos: Monica Martinez


Ficha técnica

Família: Angiospermae - Zingiberaceae.
Altura: 2,0-2,50 m.
Ambiente: pleno sol, tolera meia sombra.
Solo: Rico em matéria orgânica.
Clima: Tropical. Tolera temperatura baixa no inverno.
Origem: Índia.
Época de Floração: Verão. As flores são muito aromáticas.
Propagação: Multiplica-se por divisão de touceira.